Como a tecnologia fotovoltaica e os sistemas VRF estão a transformar a climatização

A transição energética não está apenas a redefinir a forma como geramos eletricidade, mas também a forma como climatizamos os espaços onde vivemos e trabalhamos. Neste contexto de aumento dos custos da energia e de pressão regulamentar no sentido da descarbonização, a combinação de tecnologias renováveis tornou-se uma estratégia fundamental para as empresas que pretendem ser sustentáveis sem sacrificar o conforto e a rentabilidade.

A GREE aposta nesta visão com uma proposta inovadora: o novo GMV Photovoltaic, um sistema de climatização baseado no volume variável de refrigerante (VRF) que permite aproveitar a energia solar de forma direta e eficaz.

O que é a tecnologia fotovoltaica?

A energia fotovoltaica baseia-se na capacidade de certos materiais - como o silício - converterem a radiação solar em eletricidade. Através de painéis solares, normalmente instalados nos telhados, a luz solar é captada e convertida em corrente contínua, que é depois transformada em corrente alternada por um inversor para utilização em instalações elétricas convencionais.

Este tipo de tecnologia é fundamental para a transição energética porque permite gerar eletricidade limpa, gratuita e renovável diretamente no ponto de consumo. Quando combinada com um sistema de ar condicionado VRF, reduz drasticamente o consumo da rede elétrica, aumentando a eficiência energética do sistema de ar condicionado e melhorando a sua rentabilidade a longo prazo.

O desafio energético da climatização industrial

Em muitos ambientes industriais, a climatização representa entre 30% e 50% do consumo total de eletricidade. Isto para além dos sistemas de produção de água quente sanitária, arrefecimento de processos, aquecimento de pavilhões ou manutenção de temperaturas controladas em salas técnicas.

Tradicionalmente, estes sistemas têm dependido de caldeiras a combustíveis fósseis ou de equipamento elétrico ineficiente. No entanto, com o aumento dos preços da energia e a necessidade de reduzir as emissões, muitas empresas estão agora à procura de alternativas renováveis para climatizar as suas instalações com menor impacto ambiental e maior controlo de custos.

É aqui que entram em jogo os sistemas de volume variável de expansão direta (VRF) combinados com a energia solar fotovoltaica: duas tecnologias que se complementam para proporcionar um modelo energético mais limpo, mais autossuficiente e rentável a longo prazo.

Sistemas fotovoltaicos e de expansão direta: uma combinação eficiente e sustentável

A energia solar fotovoltaica é uma das tecnologias renováveis prioritárias para a descarbonização do sector energético, tal como reconhecido pela União Europeia. A sua aplicação direta em sistemas de ar condicionado de expansão direta, como os VRF, pode melhorar significativamente a eficiência energética e avançar para um modelo de autossuficiência mais sustentável.

De facto, se olharmos para os números:

• Quando essa eletricidade provém de painéis solares fotovoltaicos, a economia de energia pode chegar a 70% do custo total da conta de eletricidade.
• Um estudo demonstrou que um sistema VRF alimentado por painéis fotovoltaicos pode cobrir 126% a 166% do consumo anual de energia do sistema VRF, reduzindo aproximadamente 14 toneladas de CO₂ por ano.

Como é que os sistemas VRF e a energia solar são integrados no mesmo sistema?

Embora os sistemas de climatização VRF e a energia solar fotovoltaica sejam tecnologias independentes, a sua integração permite soluções mais eficientes, sustentáveis e económicas para ambientes comerciais ou industriais.

O objetivo é claro: alimentar o sistema AVAC com energia solar produzida localmente, reduzindo a dependência da rede e reduzindo significativamente os custos operacionais e as emissões de CO₂.

A conceção pode variar, mas o esquema básico inclui:

• Paineis solares fotovoltaicos, instalados no telhado do edifício, que captam a radiação solar e a convertem em eletricidade.
• Inversores fotovoltaicos que convertem a corrente contínua gerada pelos paineis em corrente alternada, pronta para alimentar o equipamento elétrico do edifício, incluindo o sistema VRF.
• Sistema VRF de expansão direta, que regula dinamicamente a quantidade de refrigerante em função das necessidades térmicas das diferentes zonas do edifício.
• Controladores centralizados que permitem uma gestão precisa do ar condicionado, optimizando a utilização da energia solar disponível e evitando picos de consumo.

Nas alturas em que não há radiação solar suficiente, o sistema pode recorrer à rede elétrica para apoio, mas as poupanças geradas durante o resto do dia mais do que compensam esse consumo.

Vantagens da combinação de energia fotovoltaica com sistemas VRF de expansão direta

A integração direta da energia fotovoltaica com sistemas de refrigeração de expansão direta com volume variável de refrigerante (VRF), como o GMV Fotovoltaico, representa uma alternativa altamente eficiente em termos energéticos para o sistema de climatização.

Utilização de energia solar direta

Ao dispensar inversores externos, a energia gerada pelos painéis solares é direcionada diretamente para o sistema de climatização, maximizando o rendimento energético.

Redução da dependência da rede eléctrica

Os sistemas VRF alimentados por energia solar reduzem significativamente o consumo de eletricidade facturado, o que se traduz em poupanças financeiras e na redução do impacto ambiental.

Sistemas compactos e flexíveis

Como não são necessários circuitos de água ou emissores hidráulicos, a instalação e a manutenção são simplificadas, tornando-os ideais para edifícios comerciais, escritórios e espaços de formação.

Conformidade e sustentabilidade

Este tipo de integração ajuda a atingir os objectivos de eficiência energética e de redução das emissões exigidos pela regulamentação europeia e espanhola.

GMV Photovoltaics: uma nova geração de ar condicionado solar direto

O GMV Photovoltaic da GREE representa um passo em frente na integração da energia solar e do ar condicionado. Este sistema permite que a energia fotovoltaica seja alimentada diretamente à unidade exterior sem a necessidade de conversão de CC para CA através de inversores externos. O resultado é uma melhoria da eficiência energética de 6 a 8 % em comparação com as configurações tradicionais.